quarta-feira, 30 de março de 2011
À minha total falta de inspiração, segue Clarice para preencher, sempre!
" Não posso perder um minuto do tempo que faz minha vida. Amar os outros é a única salvação individual que conheço : ninguém estará perdido se der amor e às vezes receber amor em troca."
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
meu melhor homem, meu poeta!
"Desabrochei a pensar na relação do TEMPO, seja de vida, de espera, de convívio, de sol ou de chuva, com a nossa SENSAÇÃO quanto a ele. No TEMPO que há e que houve sobre nossas cabeças, sob nossos pés; lavando, queimando, amadurecendo e devorando ambos.
Nas horas de ligações telefônicas a derreter cabos e entortar postes; ora no sentido praia, ora em direção à serra.
Nos dias de angústias que devorava pontas de dedos e contorcia o bucho cheio de vento; seja ao desperdício da imaginação em cenas que jamais existiram ou na espera ansiosa em algum canto de qualquer canto para ouvir teu riso, estudar teu olhar e engolir tua carne com as bocas de minhas mãos.
Nos meses que se somam os gozos, abraços, gargalhadas, beijos, juras, sorrisos e tudo o mais só por vaidade, soma-se também, por lealdade, o outro bocado que a gente construiu só com palavras e imenso amor.
Uma caralhada de tempo que foi e que vem, e que é tanto e que é pouco que a gente nem sabe a dimensão e se mensuramos é por capricho. Mas o importante, o que nutre tudo isso e alimenta o entusiasmo e a determinação para que a ampulheta não cesse é a nossa SENSAÇÃO.
É fascinante como, muitas vezes, nos percebemos com um pensamento impulsivamente apaixonado de uma jovem relação, ou ainda o pulsar aceleradamente eufórico, como se o peito cavalgasse forte enquanto as pernas bambeassem a caminhada, só por lhe encontrar e ver o dourado de teus cachos sambarem e o mel de flor de laranjeira em teus olhos lambuzar o meu dia e minha noite.
Surpreende a vividez da lembrança de cada momento vivido e como é tudo tão recente não importando o quanto nossas almas, juntas, caminhem.
Teu Bento"
[2 anos de pura vida ao teu lado, meu Rei. E se mensuramos o tempo é por viver como borboletas que só duram 3 dias no verão. Nosso tempo é outro! Contar os dias ajuda a não se perder no emaranhado de flores que esbaldam cores em nosso jardim-da-vida. Um chêro!
Tua Galega]
Nas horas de ligações telefônicas a derreter cabos e entortar postes; ora no sentido praia, ora em direção à serra.
Nos dias de angústias que devorava pontas de dedos e contorcia o bucho cheio de vento; seja ao desperdício da imaginação em cenas que jamais existiram ou na espera ansiosa em algum canto de qualquer canto para ouvir teu riso, estudar teu olhar e engolir tua carne com as bocas de minhas mãos.
Nos meses que se somam os gozos, abraços, gargalhadas, beijos, juras, sorrisos e tudo o mais só por vaidade, soma-se também, por lealdade, o outro bocado que a gente construiu só com palavras e imenso amor.
Uma caralhada de tempo que foi e que vem, e que é tanto e que é pouco que a gente nem sabe a dimensão e se mensuramos é por capricho. Mas o importante, o que nutre tudo isso e alimenta o entusiasmo e a determinação para que a ampulheta não cesse é a nossa SENSAÇÃO.
É fascinante como, muitas vezes, nos percebemos com um pensamento impulsivamente apaixonado de uma jovem relação, ou ainda o pulsar aceleradamente eufórico, como se o peito cavalgasse forte enquanto as pernas bambeassem a caminhada, só por lhe encontrar e ver o dourado de teus cachos sambarem e o mel de flor de laranjeira em teus olhos lambuzar o meu dia e minha noite.
Surpreende a vividez da lembrança de cada momento vivido e como é tudo tão recente não importando o quanto nossas almas, juntas, caminhem.
Teu Bento"
[2 anos de pura vida ao teu lado, meu Rei. E se mensuramos o tempo é por viver como borboletas que só duram 3 dias no verão. Nosso tempo é outro! Contar os dias ajuda a não se perder no emaranhado de flores que esbaldam cores em nosso jardim-da-vida. Um chêro!
Tua Galega]
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
Um Telegrama
[Foram 20 minutos só para tomar conhecimento do ocorrido.
Tive que esfregar os olhos após reconhecer o remetente.
Senti a pulsação da veia no meu pescoço, as lágrimas secas nos meus olhos e o bater esperançoso do coração.
De repente lembrei-me que tinha um corpo: imóvel, plasmado, espinhento e eriçado! Até abrir o envelope caminhei devagar até o hall do prédio.
Destaquei lentamente as partes coladas enquanto o elevador esperava ansioso por meu comando.
Apertei o 2.
Subi.
“chegou, sorriu, venceu depois chorou”.
Reli a primeira frase tentando dar a mim mesma aquilo que estava recebendo.
Como num ato de merecimento.
Mas não podia.
A culpa era como um beijo no rosto morto.
Gelada!
E me possuía inteira, viva, cruel!
Estava tudo ali.
Escrito.
Um telegrama pra consolar a tristeza!
Mais importante que o texto é o fato.
E eu já conhecia-o de tempos atrás.
“bom é mesmo amar em paz”
Mas sou fraca, dúbia.
Há uma charlatã dentro de mim, embora eu fale a verdade.
Eu sinto tanta pulsação, tanta gravidade.
Como me dói controlar os impulsos, ser amena, leve, esquecida!
Fiz o que era mais urgente: uma prece.
E descobri que só através do sofrimento se encontra a felicidade.
Tenho medo de mim pois estou sempre apta a sofrer.
Às vezes tão fortuitamente!
Gratuitamente!– Mas há de se considerar que a vida se faz tímida para os apaixonados, não perdoando os trechos confusos, os protestos orgânicos e o brado alto e estridente da dor!
Felicidade reverbera dentro de mim, é emanação minha.
Sofrer é inevitável!
Fui trêmula ao encontro de mim!
O verbo já não era meu.
Transcendi e me permiti amar.
Se eu não me amar estarei perdida – "porque ninguém me ama a ponto de ser eu."
Nem mesmo ele! Sabedoria de Clarice.
Não quero viver-te como se a morte já nos tivesse separado. Quero a espontaneidade de uma flor que permanece aberta mesmo nos interstícios da escuridão!
Peço perdão pelo equívoco]
NAMASTÊ
Tive que esfregar os olhos após reconhecer o remetente.
Senti a pulsação da veia no meu pescoço, as lágrimas secas nos meus olhos e o bater esperançoso do coração.
De repente lembrei-me que tinha um corpo: imóvel, plasmado, espinhento e eriçado! Até abrir o envelope caminhei devagar até o hall do prédio.
Destaquei lentamente as partes coladas enquanto o elevador esperava ansioso por meu comando.
Apertei o 2.
Subi.
“chegou, sorriu, venceu depois chorou”.
Reli a primeira frase tentando dar a mim mesma aquilo que estava recebendo.
Como num ato de merecimento.
Mas não podia.
A culpa era como um beijo no rosto morto.
Gelada!
E me possuía inteira, viva, cruel!
Estava tudo ali.
Escrito.
Um telegrama pra consolar a tristeza!
Mais importante que o texto é o fato.
E eu já conhecia-o de tempos atrás.
“bom é mesmo amar em paz”
Mas sou fraca, dúbia.
Há uma charlatã dentro de mim, embora eu fale a verdade.
Eu sinto tanta pulsação, tanta gravidade.
Como me dói controlar os impulsos, ser amena, leve, esquecida!
Fiz o que era mais urgente: uma prece.
E descobri que só através do sofrimento se encontra a felicidade.
Tenho medo de mim pois estou sempre apta a sofrer.
Às vezes tão fortuitamente!
Gratuitamente!– Mas há de se considerar que a vida se faz tímida para os apaixonados, não perdoando os trechos confusos, os protestos orgânicos e o brado alto e estridente da dor!
Felicidade reverbera dentro de mim, é emanação minha.
Sofrer é inevitável!
Fui trêmula ao encontro de mim!
O verbo já não era meu.
Transcendi e me permiti amar.
Se eu não me amar estarei perdida – "porque ninguém me ama a ponto de ser eu."
Nem mesmo ele! Sabedoria de Clarice.
Não quero viver-te como se a morte já nos tivesse separado. Quero a espontaneidade de uma flor que permanece aberta mesmo nos interstícios da escuridão!
Peço perdão pelo equívoco]
NAMASTÊ
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Desventuras e Pás furadas
No filme "O fabuloso Destino de Amélie Poulain", há uma cena em que o telefone toca e quando o personagem Dominique Brotodeau entra na cabine telefônica, ele pára de tocar. Brotodeau encontra sua caixa de tesouros da infância colocada ali, propositalmente, pela protagonista Amélie Poulain. Emocionado, sente que a vida está chamando por ele. A metáfora da cabine telefônica que toca, toca , chamando-o para uma nova visão dos fatos que compõe a sua história, através da nostalgia de reviver passado, muda a perspectiva do personagem, que repensa a própria trajetória e decide mudar suas atitudes antes que seja tarde demais.
Hoje, algo parecido me ocorreu.
Nestes quase quatro anos de UNIFESP, acumulei tantas frustrações, decepções e engodos que acabei me tornando, academicamente, uma velha corcunda e reumática. Ao pisar na faculdade, automaticamente, perco a saúde e envelheço 40 anos. O sorriso seca e a graça se perde. Fico apática e caminho na inércia de meus passos. Simplesmente perdi a alegria do estar, permanecer e compartilhar desse mágico mundo universitário. Minha identidade de estudante, fica na carteira, mofada, esperando o horário do cinema. Não há animo para participar das oficinas do laboratório de sensibilidades, que em outras épocas tanto me encantava. Não há mais candura ao sentar nos bancos, de frente pro mar, e ler um texto inebriada de sol e maresia, nem orgulho ao percorrer os espaços e reconhecer-me como operária intelectual de uma universidade em construção. Morreu em mim a Cabela de tantas festas, das aulas de yoga para universitários, dos papos-cabeça de corredor, de escada, de elevador. Eu não vivo mais as possibilidades do meu campus, nem as potencialidades da minha irracionalidade psico-lógica. Cansei de procurar identificação e sintonia em rostos desfigurados pelo cansaço, mal-estar e sofrimento institucional.
Não há mais espaço em mim para aturar e acumular visões diárias de desumanidade, doença, desequilíbrio e hipocrisia. Meu mundo não cabe nestas salas úmidas e céticas, minhas palavras não servem na boca agnóstica e parasita da Universidade Federal de São Paulo.
Maaaaaaaaas,
hoje foi diferente! Em cada slide da aula, uma obra de Frida Kahlo. No intervalo, Yann Tiersen decorava o salão principal me lembrando as cenas de meu filme preferido. Era a universidade, tocando, tocando e tentando me chamar a atenção, através de minha arte favorita, para me dizer que há sincronicidade mesmo no caos. Que cursar psicologia na UNIFESP TAMBÉM era parte do plano existencial de evolução.
E veio o insight: a UNIFESP é meu grande teste de resistência. Depois de concluí-lo, estarei mais forte e preparada para levar minha filosofia à lugares de absoluta escuridão, inacessível à crença no espírito humano e na metafísica ontológica.
NAMASTÊ
Hoje, algo parecido me ocorreu.
Nestes quase quatro anos de UNIFESP, acumulei tantas frustrações, decepções e engodos que acabei me tornando, academicamente, uma velha corcunda e reumática. Ao pisar na faculdade, automaticamente, perco a saúde e envelheço 40 anos. O sorriso seca e a graça se perde. Fico apática e caminho na inércia de meus passos. Simplesmente perdi a alegria do estar, permanecer e compartilhar desse mágico mundo universitário. Minha identidade de estudante, fica na carteira, mofada, esperando o horário do cinema. Não há animo para participar das oficinas do laboratório de sensibilidades, que em outras épocas tanto me encantava. Não há mais candura ao sentar nos bancos, de frente pro mar, e ler um texto inebriada de sol e maresia, nem orgulho ao percorrer os espaços e reconhecer-me como operária intelectual de uma universidade em construção. Morreu em mim a Cabela de tantas festas, das aulas de yoga para universitários, dos papos-cabeça de corredor, de escada, de elevador. Eu não vivo mais as possibilidades do meu campus, nem as potencialidades da minha irracionalidade psico-lógica. Cansei de procurar identificação e sintonia em rostos desfigurados pelo cansaço, mal-estar e sofrimento institucional.
Não há mais espaço em mim para aturar e acumular visões diárias de desumanidade, doença, desequilíbrio e hipocrisia. Meu mundo não cabe nestas salas úmidas e céticas, minhas palavras não servem na boca agnóstica e parasita da Universidade Federal de São Paulo.
Maaaaaaaaas,
hoje foi diferente! Em cada slide da aula, uma obra de Frida Kahlo. No intervalo, Yann Tiersen decorava o salão principal me lembrando as cenas de meu filme preferido. Era a universidade, tocando, tocando e tentando me chamar a atenção, através de minha arte favorita, para me dizer que há sincronicidade mesmo no caos. Que cursar psicologia na UNIFESP TAMBÉM era parte do plano existencial de evolução.
E veio o insight: a UNIFESP é meu grande teste de resistência. Depois de concluí-lo, estarei mais forte e preparada para levar minha filosofia à lugares de absoluta escuridão, inacessível à crença no espírito humano e na metafísica ontológica.
NAMASTÊ
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
o caderno
...
Minhas mãos teceram este teu presente com total aval de meu amor interior, resignado a oferecer-te mais uma arte pura e manifesta. Minhas mãos teceram teu caderno sem pedir permissão à consciência e à métrica do tempo com seus mitos e cronologias. Não planejei!
Simplesmente você estava voando em minha cabeça como aquela sensação de sonho amanhecido, sabe? Quando as imagens são vagas mas o sentimento é forte e voraz!
Lembrei-me das fotos tiradas no parque no último inverno, os dias em são Paulo, repletos de filmes, cobertas e beijos molhados de chá camomila. O vento, as velas, as flores. (só mesmo tu pra me desinvernar!)
E então descobri o propósito daquele presente, a verdadeira razão pra todos os presentes já feitos, comprados, encomendados, preparados e enfeitados... TORNAR PERTO O QUE PARECE DISTANTE. A distância se determina de acordo com a intensidade de nossa saudade, sei que estamos juntos, mas a tua falta é extensa e profunda, então crio truques pra te levar bem pertinho sempre.
Eu te agradeço a festa que faz em mim com teu sorriso, abraço e amor.
Te amo de amor verdadeiro, pleno, seguro e sereno!
Minhas mãos teceram este teu presente com total aval de meu amor interior, resignado a oferecer-te mais uma arte pura e manifesta. Minhas mãos teceram teu caderno sem pedir permissão à consciência e à métrica do tempo com seus mitos e cronologias. Não planejei!
Simplesmente você estava voando em minha cabeça como aquela sensação de sonho amanhecido, sabe? Quando as imagens são vagas mas o sentimento é forte e voraz!
Lembrei-me das fotos tiradas no parque no último inverno, os dias em são Paulo, repletos de filmes, cobertas e beijos molhados de chá camomila. O vento, as velas, as flores. (só mesmo tu pra me desinvernar!)
E então descobri o propósito daquele presente, a verdadeira razão pra todos os presentes já feitos, comprados, encomendados, preparados e enfeitados... TORNAR PERTO O QUE PARECE DISTANTE. A distância se determina de acordo com a intensidade de nossa saudade, sei que estamos juntos, mas a tua falta é extensa e profunda, então crio truques pra te levar bem pertinho sempre.
Eu te agradeço a festa que faz em mim com teu sorriso, abraço e amor.
Te amo de amor verdadeiro, pleno, seguro e sereno!
quarta-feira, 16 de junho de 2010
-"...Como um mutante, no fundo sempre sozinho, seguindo o meu caminho.. Ai de mim que sou romântica!"
-"Coitado!
Trancafiado pela boca desajeitada e desequilibrado pela censura de sua insegurança, segue rastejante o meu eu-romântico, arrastado apenas e vigorosamente pelo AMOR MAIOR que tenho/sinto/sou por ti.”
Bento-Poeta
Trancafiado pela boca desajeitada e desequilibrado pela censura de sua insegurança, segue rastejante o meu eu-romântico, arrastado apenas e vigorosamente pelo AMOR MAIOR que tenho/sinto/sou por ti.”
Bento-Poeta
sexta-feira, 28 de maio de 2010
Escute, Zé-Ninguém
Por que não falar sobre o meu sofrimento psíquico, denunciando a fragilidade, as contradições e, muitas vezes, a falência do sistema educacional? Deve ser tomado aqui, como expressão de um conflito vivido por mim, situações que denunciam um mal-estar mais profundo e abrangente. Representante do saber, a universidade veste a carapaça e se auto-rotula como espaço de construção objetiva, ordem, estudo, progresso, aprendizagem e liberdade. Porém, no dia a dia, sofremos constantes opressões de professores fascistas, massacres intelectivos, excesso de carga horária e limitações quanto a novas possibilidades dentro e fora do perímetro acadêmico. Mas o problema é que o mal-estar, o conflito, a desordem e o desequilíbrio são negados pela instituição, tratados sempre como movimentos invisíveis. Estamos tão institucionalizados que é difícil manifestar nossa revolta, gritar nosso desespero, reivindicar nosso direito à preguiça, nossas necessidades intimas, nosso não-querer-ser o Zé-Ninguém de Reich.
Costuma dizer o filósofo: “O estudo é a chave do mundo”! Ah é? Se for nestas condições, quero permanecer trancada no meu mundo colorido, onde eu corro com os pés no chão, tenho noites de sono bem dormidas, almoço devagar e com dignidade, vejo meus amigos, vou ao cinema, escolho minha leitura, crio, planto, pinto, amo, voou. A universidade tem me acentuado a desesperança e o vazio. Minha voz não é escutada, minha dor, despercebida. E a saúde? Oferecer vacinas contra H1N1? Não! Muito obrigada. Saúde pra mim é outra coisa. Harmonia, equilíbrio, meditação, tranquilidade. Entrar no mar, tomar sol, pedalar e comer bem me garantem vitamina D suficiente para manter um sistema imunológico sadio, sem a necessidade de injetar doença pra proteger-me. Eu quero espaço, corredores, janelas. Eu quero o sol batendo no rosto. Salas arejadas, discussões em rodas, avaliações flexíveis. Pensar em integração multidisciplinar na minha profissão? Como? Se os exemplos que tenho hoje são de professores que comportam-se egoisticamente, cobrando provas, trabalhos, resenhas e chamadas como se sua aula fosse a única, a mais importante, a essencialmente PERFEITA.
É imprescindível atentar para o lugar do desejo dos alunos e em que medida os saberes produzidos e as relações tecidas mediadas por esse desejo constituem fonte de prazer e/ou desprazer. É preciso problematizar o papel da Universidade e dos esvaziamentos de suas promessas de felicidade e sucesso a partir da conquista do diploma. Acima de tudo, porém, é preciso que as relações no espaço acadêmico sejam de construção de sentido que humanizem e sirvam de alimento para o pensamento e não de inanição.
NAMASTÊ
Costuma dizer o filósofo: “O estudo é a chave do mundo”! Ah é? Se for nestas condições, quero permanecer trancada no meu mundo colorido, onde eu corro com os pés no chão, tenho noites de sono bem dormidas, almoço devagar e com dignidade, vejo meus amigos, vou ao cinema, escolho minha leitura, crio, planto, pinto, amo, voou. A universidade tem me acentuado a desesperança e o vazio. Minha voz não é escutada, minha dor, despercebida. E a saúde? Oferecer vacinas contra H1N1? Não! Muito obrigada. Saúde pra mim é outra coisa. Harmonia, equilíbrio, meditação, tranquilidade. Entrar no mar, tomar sol, pedalar e comer bem me garantem vitamina D suficiente para manter um sistema imunológico sadio, sem a necessidade de injetar doença pra proteger-me. Eu quero espaço, corredores, janelas. Eu quero o sol batendo no rosto. Salas arejadas, discussões em rodas, avaliações flexíveis. Pensar em integração multidisciplinar na minha profissão? Como? Se os exemplos que tenho hoje são de professores que comportam-se egoisticamente, cobrando provas, trabalhos, resenhas e chamadas como se sua aula fosse a única, a mais importante, a essencialmente PERFEITA.
É imprescindível atentar para o lugar do desejo dos alunos e em que medida os saberes produzidos e as relações tecidas mediadas por esse desejo constituem fonte de prazer e/ou desprazer. É preciso problematizar o papel da Universidade e dos esvaziamentos de suas promessas de felicidade e sucesso a partir da conquista do diploma. Acima de tudo, porém, é preciso que as relações no espaço acadêmico sejam de construção de sentido que humanizem e sirvam de alimento para o pensamento e não de inanição.
NAMASTÊ
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