sábado, 13 de dezembro de 2008

Boca Sórdida

[e o problema todo reside em segurar a boca;
amordaçar o beijo que me escapa,
conter as palavras que regurgitam dor,
unir os lábios rachados para que nao acusem o delito.
Existir assim, tão nua e transparente, afeta minha paz e minha conduta.
Redizer aquelas falas densas no teu ouvido enfatiza a minha fraqueza inumana.
A boca morre anestesiada e muda pela frase envenenada que condena.
E eu morro a cada passo que te convenço e silencio.]

Um comentário:

betucury disse...

HUMANA queridíssima, humana.
Aprendi isso há pouco.
Há mesmo, existe e resiste a pouco.
VC é a compaixão encantadora.
Continua me encantando sempre e quem escreve como tu, não deixa de oferecer o beijo de lábios e palavras, de forma sincera e escancarada.
Vc é uma das maiores preciosidades que Deus me brindou com o conhecimento.
Vc não esquece disso e seu rosa é tecido na ess~encia da planta.
Beijo dos meus olhos nos seus, sempre.