Um balanço.
Mal amarrado em uma árvore qualquer.
Colocado no jardim ao acaso.
O cenário perfeito para balançar meu coração novamente.
Uma simples conversa e um riso, com você já é paraíso.
Paraíso, para isso.
Para que entendas.
Pra isso te trouxe de novo à vida,
À minha vida.
Folhas que se desprendem das árvores, páginas arrancadas dentro de mim
Um abismo entre nós.
Um lago atrás de nós.
Uma vida para nós.
NÓS.
Como existir em sua frente?
As palavras me antecedem e ultrapassam, elas me tentam e me modificam, e se não tomo cuidado será tarde demais:
as coisas serão ditas sem eu as ter dito.
Melhor me limitar a fitar sua boca.
Esperar que ela se mova.
E forme as sílabas do meu pretender.
Eu tive esperança, e ela foi o meu pecado maior.
Seu olhar, uma pata macia e pesada sobre mim.
E sua presença, a ausência do meu estar.
O balanço: simbologia barata.
Oscilação.
Ironicamente balança com minhas vontades.
Levei-o até o balançar dos meus desejos mais profundos.
Levei-o ate o jardim da minha escrita.
Relva, flores e borboletas à meu bel prazer.
Composição de textos que retomam um desfecho.
Minha vida agora é invisível à você.
Minha escrita é incoerente.
Meus olhos úmidos de água orgânica, riem por si mesmos.
Meu corpo inteiro sorri a sua presença.
Sou uma mulher com entranhas sorrindo.
Sou pura ternura por saber como é bom sentar no balanço e fazer o nosso próprio mel.
sábado, 25 de julho de 2009
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2 comentários:
O balanço que faço é que vc continua sendo um espetáculo e que qualquer símbolo, somos nós que simbolizamos, nós que determinamos o sinal.
O meu são seus olhos, o signo, o sinal, o símbolo.
Singular e plural, na sua significância.
Beijo dos meus olhos nos seus, sempre
adorooo seu blog!!
sempre entro
mais tem que atualizar heim!
;)
parabéns!!
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