O homem sempre quererá ser mais do que é, sempre se voltará contra as limitações da sua natureza, sempre lutará pela imortalidade. Se alguma vez se desvanecesse o anseio de tudo conhecer e tudo poder, o homem já não seria mais homem. Assim, ele sempre necessitará da ciência, para desvendar todos os possíveis segredos da natureza e dominá-la. E sempre necessitará da arte para se familiarizar com a sua própria vida e com aquela parte do real que sua imaginação lhe diz ainda não ter sido devassada!
Sendo morta e, por conseguinte, imperfeito, o homem sempre se verá como parte de uma realidade infinita que o circunda e sempre se achará em luta contra ela. Volta e meia defrontará com a contradição constituída pela fato de ser ele um “Eu” LIMITADO e, ao mesmo tempo, fazer parte de um todo ILIMITADO.
Toda arte se liga a essa identificação, a essa capacidade infinita do homem se metamorfosear. Ele pode assumir qualquer forma e viver mil vidas diferentes sem se destruir pela multiplicidade da sua experiência.
Aqueles que, entre nós, se limitam a consumir a arte como entretenimento não correm semelhante risco: porém nosso “Eu” limitado sofre uma ampliação maravilhosa pela experiência de uma obra de arte. Realiza-se dentro de nós um processo de identificação, de modo que podemos sentir, quase sem esforço, que não somos meras testemunhas da criação, que somos um pouco também, criadores daquelas obras que estendem os nossos horizontes e nos elevam acima da superfície a que estamos pegados.
ENQUANTO A PRÓPRIA HUMANIDADE NÃO MORRER, A ARTE NÃO MORRERÁ!
Namastê
quarta-feira, 12 de maio de 2010
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Um comentário:
"Posta maaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaais" - HAhahah!! Agora sim, do pEdRO!
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