"Quando escuto uma melodia que rememora nosso amor, uma onda de paz e alegria invade meu corpo e transborda meus sentidos.
Fecho os olhos e consigo alcançar cada detalhe do seu sorriso, seu cheiro, seu abraço. Isso porque a cada dia nutrimos juntos o nosso cálido amor, gerando vida íntima próspera e fecunda.
Hoje acordei e o céu dourava flores e pessoas, com mesclas do vento e raios de sol. O mar estava tão verde- transparente como a certeza de um futuro em união.
Busquei em todas as metáforas uma possivel reprodução para tanta sincronia, graça, cor e sabor, mas a única palavra que encontrei para representar sentimentos tão puros, profundos e sinceros foi DEUS.
E é a ele quem agradeço por ter me colocado em seus braços, me ajudando a preencher cada lacuna da minha existência.
EU TE AMO
com toda minha intensidade, força e poesia"
quarta-feira, 14 de novembro de 2007
segunda-feira, 12 de novembro de 2007
sexta-feira, 19 de outubro de 2007
sexta-feira, 5 de outubro de 2007
quarta-feira, 26 de setembro de 2007
Quero tanto lhe falar, mas você em si já é poesia
A vida empoeirada.
A falta de chão.
Alguns gestos a reciclar.
Uma busca cega por um mundo surdo.
Onde eu possa extravasar
Sem ser incomodada
Sem ser questionada.
Palavras perdidas.
Promessas esquecidas.
Sentimentos escusos.
A razão a apodrecer...
Eis que surge em noite enluarada,
debruçado sobre os lençóis da minha solidão,
A perdição em riso solto,
A expressão do meu silêncio,
A exatidão em linhas sinuosas,
A pele que queima, que penetra, que atinge a minha pele.
Seu corpo rima com a voz das estrelas.
Seus olhos emolduram vontades e mistérios.
Seus pés encaixam e completam os meus.
Sua composição é de pura matéria mística.
A voz é macia.
É todo macio.
Confortável.
Aconchegante.
Com simplicidade,
recheia com seus lábios a vontade viva de vida.
Desenha com sua língua o meu desejo.
Toca nas menores e mais sutis partes do meu coração.
E com o corpo
seduz e acalenta.
A cada olhar cria uma zona de proteção ao meu redor.
E com as mãos
fornece energia branda.
A mímica dos seus olhos contam o futuro.
A química dos seus beijos acende meu triunfo.
E isso me vicia.
Me faz larga
Profunda.
O enlaçar de bocas ao som do tom.
O suspiro indeciso.
O passo preciso.
A dúvida latente.
O sabor novidade me inebria com seu cheiro doce
e eu me perco em seus versos soltos.
Eu peço:
Esfregfa, aperta, recorta e cola sua vida nova na minha vida nova.
Eu prometo calar-me se o fizer.
Permanecerei muda
em respeito a grandeza do descobrimento
do reencontro.
Tu és suficiente.
Deixo aqui minhas palavras em vão!
20/09/07
A falta de chão.
Alguns gestos a reciclar.
Uma busca cega por um mundo surdo.
Onde eu possa extravasar
Sem ser incomodada
Sem ser questionada.
Palavras perdidas.
Promessas esquecidas.
Sentimentos escusos.
A razão a apodrecer...
Eis que surge em noite enluarada,
debruçado sobre os lençóis da minha solidão,
A perdição em riso solto,
A expressão do meu silêncio,
A exatidão em linhas sinuosas,
A pele que queima, que penetra, que atinge a minha pele.
Seu corpo rima com a voz das estrelas.
Seus olhos emolduram vontades e mistérios.
Seus pés encaixam e completam os meus.
Sua composição é de pura matéria mística.
A voz é macia.
É todo macio.
Confortável.
Aconchegante.
Com simplicidade,
recheia com seus lábios a vontade viva de vida.
Desenha com sua língua o meu desejo.
Toca nas menores e mais sutis partes do meu coração.
E com o corpo
seduz e acalenta.
A cada olhar cria uma zona de proteção ao meu redor.
E com as mãos
fornece energia branda.
A mímica dos seus olhos contam o futuro.
A química dos seus beijos acende meu triunfo.
E isso me vicia.
Me faz larga
Profunda.
O enlaçar de bocas ao som do tom.
O suspiro indeciso.
O passo preciso.
A dúvida latente.
O sabor novidade me inebria com seu cheiro doce
e eu me perco em seus versos soltos.
Eu peço:
Esfregfa, aperta, recorta e cola sua vida nova na minha vida nova.
Eu prometo calar-me se o fizer.
Permanecerei muda
em respeito a grandeza do descobrimento
do reencontro.
Tu és suficiente.
Deixo aqui minhas palavras em vão!
20/09/07
sexta-feira, 21 de setembro de 2007
Menina do Rio
"Morro do ouro
Morro de amor
Morro de fome; de sede
Morro de raiva
Morro de vontade
De ser artista, poeta...
Alcançar uma meta
Morro de alegria, euforia
Por tuas matas, cascatas
Cachoeiras e montanhas
Morro de ódio da hipocrisia
Morro por tua formosura
Pela tua geografia
Morro de frio
Morro de amor por você
Morro de paixão
De solidão
Morro de saudades
Morro de vontades, desejos
De te fazer um lindo paraíso
Viver lado a lado
Eternamente, exoticamente apaixonados
Namorados
Morro por ti, moro em ti
Morro de vontade de ver-te
Feito aquela menina moça
Se sorriso largo no rosto
No teu brilho pulsa força
Morro de vontade
Que você me abrace
Com forte alento
Que perdure no tempo
Morro de vontade
De estar nos teus braços
Adormecer,
E te ver amanhecer feliz
Ver o teu alvorecer
Ver o Sol entrar pela janela
Ver você feito a primavera
Toda formosa e bela
Minha princesa do vale
Vale de mil riquezas
Vale bem mais a arte
Vale de todos os valores em ti...
VÁLIDO É AMAR-TE
Mas ainda morro
Morro de fome
No teu seio
Morro de epidemia mal resolvida
De tanta judiaria
De tanta porcaria, demagogia
Morro de amor
De dor profunda
Morro de horror
Morro pelo teu sorriso largo
Por tua geografia de menina
Que inspira, contamina, cristalina
Teu corpo é poesia.
Surpresa, princesa...
"eu quero é seguir vivendo" Domingos fez a felicidade de um casal!
13/09/07
NAMASTÊ
Morro de amor
Morro de fome; de sede
Morro de raiva
Morro de vontade
De ser artista, poeta...
Alcançar uma meta
Morro de alegria, euforia
Por tuas matas, cascatas
Cachoeiras e montanhas
Morro de ódio da hipocrisia
Morro por tua formosura
Pela tua geografia
Morro de frio
Morro de amor por você
Morro de paixão
De solidão
Morro de saudades
Morro de vontades, desejos
De te fazer um lindo paraíso
Viver lado a lado
Eternamente, exoticamente apaixonados
Namorados
Morro por ti, moro em ti
Morro de vontade de ver-te
Feito aquela menina moça
Se sorriso largo no rosto
No teu brilho pulsa força
Morro de vontade
Que você me abrace
Com forte alento
Que perdure no tempo
Morro de vontade
De estar nos teus braços
Adormecer,
E te ver amanhecer feliz
Ver o teu alvorecer
Ver o Sol entrar pela janela
Ver você feito a primavera
Toda formosa e bela
Minha princesa do vale
Vale de mil riquezas
Vale bem mais a arte
Vale de todos os valores em ti...
VÁLIDO É AMAR-TE
Mas ainda morro
Morro de fome
No teu seio
Morro de epidemia mal resolvida
De tanta judiaria
De tanta porcaria, demagogia
Morro de amor
De dor profunda
Morro de horror
Morro pelo teu sorriso largo
Por tua geografia de menina
Que inspira, contamina, cristalina
Teu corpo é poesia.
Surpresa, princesa...
"eu quero é seguir vivendo" Domingos fez a felicidade de um casal!
13/09/07
NAMASTÊ
segunda-feira, 17 de setembro de 2007
Nu e Cru
[ O homem no seu estado frívolo e inconsciente satisfaz-se com os prazeres que exaurem os sentidos, sem qualquer benefício para a emoção.
Todos os seus planos e aspirações giram em torno de lucros que lhe propiciem as metas imediatas do gozo.
Gozo alimentar, gozo no sono, gozo na ambição, na comodidade, no sensualismo, na mente fraca e robótica.
O seu intelecto se volta para o utilitarismo banal e o seu sentimento para as sensações relapsas do corpo. O conhecimento perde-se em uma superfície horizontal, cessando a obtenção de conquistas eternas e necessárias à alma.
O homem consciente que desperta para as experiências libertárias, emerge-se da opressão ao verdadeiro conhecimento, que é a bússola para o corpo e roteiro para a mente. Conhecimento que ala o homem e não o deixa fenecer! ]
Todos os seus planos e aspirações giram em torno de lucros que lhe propiciem as metas imediatas do gozo.
Gozo alimentar, gozo no sono, gozo na ambição, na comodidade, no sensualismo, na mente fraca e robótica.
O seu intelecto se volta para o utilitarismo banal e o seu sentimento para as sensações relapsas do corpo. O conhecimento perde-se em uma superfície horizontal, cessando a obtenção de conquistas eternas e necessárias à alma.
O homem consciente que desperta para as experiências libertárias, emerge-se da opressão ao verdadeiro conhecimento, que é a bússola para o corpo e roteiro para a mente. Conhecimento que ala o homem e não o deixa fenecer! ]
terça-feira, 4 de setembro de 2007
Você pensa sim, meu bem, que não pode viver sem ter alguém!
[Por favor, não fique!
Você pensa que vai sentir minha falta.
Mas isso é apenas reflexo dos seus vícios conjugais.
Você jura que a solidão nao alimenta o seu coração.
Mas o problema está na falta de livros e jornais no seu quarto.
Você afirma veementemente que quer voltar para os meus braços e deitar na minha cama.
Mas eu afirmo que eles estão gelados e a cama agora é pequena demais para nós dois.
Eu nao preciso mais te amortecer as quedas. Voce cresceu!
Veja bem,
Meu bem,
Nao quero te ver cruzar a porta de entrada novamente.
Não quero assistir você se tornar a escória da minha vida,
o submundo do meu mundo.
E acredite, se insistir, estará a dois passos do fracasso.
Pode sair. Eu insisto.
Eu nao preciso te ver chorar veneno nem cuspir na minha cara as palavras que um dia menti pra ti!
Por isso peço que se retire mudo.
Seu silêncio é imprescindível
Agradeço.
E apague as luzes ao sair.]
NAMASTÊ
Você pensa que vai sentir minha falta.
Mas isso é apenas reflexo dos seus vícios conjugais.
Você jura que a solidão nao alimenta o seu coração.
Mas o problema está na falta de livros e jornais no seu quarto.
Você afirma veementemente que quer voltar para os meus braços e deitar na minha cama.
Mas eu afirmo que eles estão gelados e a cama agora é pequena demais para nós dois.
Eu nao preciso mais te amortecer as quedas. Voce cresceu!
Veja bem,
Meu bem,
Nao quero te ver cruzar a porta de entrada novamente.
Não quero assistir você se tornar a escória da minha vida,
o submundo do meu mundo.
E acredite, se insistir, estará a dois passos do fracasso.
Pode sair. Eu insisto.
Eu nao preciso te ver chorar veneno nem cuspir na minha cara as palavras que um dia menti pra ti!
Por isso peço que se retire mudo.
Seu silêncio é imprescindível
Agradeço.
E apague as luzes ao sair.]
NAMASTÊ
domingo, 12 de agosto de 2007
sexta-feira, 10 de agosto de 2007
Forró
O grito máximo de corpos falantes. O Brasil no pé. O requebrado de cada morena. O sorriso de cada nordeste. Dança que emana energia. Força que cansa o pé. Dor que vibra a mente e excita o corpo. Movimentos sincronizados pelo som da zabumba. O encaixe disforme. A perfeição do triangulo em sintonia com olhares penetrantes. A imperfeição da altura. Incoerência da beleza.
O forró não tem cor nem classe social!
O fator que une os corpos é o vício que transcende espaço, tempo, dor e sentimento. Dançar para ser feliz, naquele momento.
Passado e futuro viram pó e o vento bate...e leva o cabelo da mulata, e seca o suor do sertanejo, e funde almas que dançam sonhos, e desperta amores que cantam passos, e envolve braços e desmonta a raiva. O presente é largo e toma conta de cada pensamento.
O forró é brasileiro porque é malandro, porque é sensual, porque é simpático, porque é de bom coração!!!
VIVA O FORRÓ NOSSO DE CADA DIA*
O forró não tem cor nem classe social!
O fator que une os corpos é o vício que transcende espaço, tempo, dor e sentimento. Dançar para ser feliz, naquele momento.
Passado e futuro viram pó e o vento bate...e leva o cabelo da mulata, e seca o suor do sertanejo, e funde almas que dançam sonhos, e desperta amores que cantam passos, e envolve braços e desmonta a raiva. O presente é largo e toma conta de cada pensamento.
O forró é brasileiro porque é malandro, porque é sensual, porque é simpático, porque é de bom coração!!!
VIVA O FORRÓ NOSSO DE CADA DIA*
sábado, 4 de agosto de 2007
Amores vis
“[Que diferença faz, meu bem, um amor a mais nesse teu arem?]
Elas ecoam tua voz e idolatram tua face múltipla.
Fazem de tudo por exclusividade,
mas até as mais serenas, sejam loiras, ruivas ou morenas,
acabam sem reciprocidade.
Como é possível responder a tantos chamados?
Sublinhar tantos textos inacabados?
O meu papel, meu bem, eu rasguei.
Molhei com pranto seco e desmanchei,
As tantas rimas e semelhanças,
Que criamos na esperança
Do poema acabarmos juntos
deitados por muitos segundos
estupefatos
Com nossa capacidade de superar
E tanta riqueza alcançar
Sem desistir ou suprimir
Nossa alegria de seguir.
Depois de tantas idas e vindas.
Tantas tentativas de “ida” única.
Eu fico aqui. Fico assim.
Do jeito que você deseja.
Com a minha melhor companheira, a solidão.
Pra que me queres?
Se para cada dia da semana tens um humor diferente deitado em teu peito,
um sorriso inédito no céu da tua boca
ou um carinho manso que nunca sentiu,
ao longo das tuas costas.
Você tem a capacidade de renovar.
E essa é a resposta de tua reciclagem constante.
Tua inconstância.
Eu, sempre a mesma graça,
Que graça tem?
A braveza de onça faminta, o ciúme de cadela com a cria, o nervosismo que brota da alma.
Meu jeito é elementar na minha sobrevivência.
Minha defesa é vital, surgiu do cérebro e escorreu pro coração.
É veneno.
E você precisa do que é doce e delicado. Puro e domesticado.
Todas te querem e todas prosperam na busca por tua atenção.
Não irei competir,
não me cabe insistir
por teus braços ocos que entrelaçam estrelas como se fossem o astro principal.
Todas já provaram a textura da tua pele, a costura dos teus pêlos, a contextura dos teus amores.
Não posso mais ficar guardada em uma embalagem.
Não almejo mais estar entre as belas da tua coleção.
Meus lábios precisam de mel puro e não das abelhas que o aferroam.
E você, só tem um troféu para me oferecer: a saudade.
Tanto faz agora.
Eu julgava estar atrasada mas está em tempo de calar o pulsar da veia e simplesmente escancarar o verbo.
Sim, vou traduzir tudo que está nas entrelinhas, vou soltar os fios, desatar os nós...
SÓ PARA DIZER QUE TANTO FAZ!
Tanto faz se me tens ou não, meu bem.
Pois seja Flávia ou Carolina, Adriana ou Mariana, você sempre acaba bebendo e levando elas pra cama.”
Elas ecoam tua voz e idolatram tua face múltipla.
Fazem de tudo por exclusividade,
mas até as mais serenas, sejam loiras, ruivas ou morenas,
acabam sem reciprocidade.
Como é possível responder a tantos chamados?
Sublinhar tantos textos inacabados?
O meu papel, meu bem, eu rasguei.
Molhei com pranto seco e desmanchei,
As tantas rimas e semelhanças,
Que criamos na esperança
Do poema acabarmos juntos
deitados por muitos segundos
estupefatos
Com nossa capacidade de superar
E tanta riqueza alcançar
Sem desistir ou suprimir
Nossa alegria de seguir.
Depois de tantas idas e vindas.
Tantas tentativas de “ida” única.
Eu fico aqui. Fico assim.
Do jeito que você deseja.
Com a minha melhor companheira, a solidão.
Pra que me queres?
Se para cada dia da semana tens um humor diferente deitado em teu peito,
um sorriso inédito no céu da tua boca
ou um carinho manso que nunca sentiu,
ao longo das tuas costas.
Você tem a capacidade de renovar.
E essa é a resposta de tua reciclagem constante.
Tua inconstância.
Eu, sempre a mesma graça,
Que graça tem?
A braveza de onça faminta, o ciúme de cadela com a cria, o nervosismo que brota da alma.
Meu jeito é elementar na minha sobrevivência.
Minha defesa é vital, surgiu do cérebro e escorreu pro coração.
É veneno.
E você precisa do que é doce e delicado. Puro e domesticado.
Todas te querem e todas prosperam na busca por tua atenção.
Não irei competir,
não me cabe insistir
por teus braços ocos que entrelaçam estrelas como se fossem o astro principal.
Todas já provaram a textura da tua pele, a costura dos teus pêlos, a contextura dos teus amores.
Não posso mais ficar guardada em uma embalagem.
Não almejo mais estar entre as belas da tua coleção.
Meus lábios precisam de mel puro e não das abelhas que o aferroam.
E você, só tem um troféu para me oferecer: a saudade.
Tanto faz agora.
Eu julgava estar atrasada mas está em tempo de calar o pulsar da veia e simplesmente escancarar o verbo.
Sim, vou traduzir tudo que está nas entrelinhas, vou soltar os fios, desatar os nós...
SÓ PARA DIZER QUE TANTO FAZ!
Tanto faz se me tens ou não, meu bem.
Pois seja Flávia ou Carolina, Adriana ou Mariana, você sempre acaba bebendo e levando elas pra cama.”
sexta-feira, 27 de julho de 2007
Amor de Maricota [no sertão até coração seca]
[Aura pura de boneca.
Cabelos lambuzados com o mais doce mel.
Saia de chita e flor de crochê.
Olhos de amora madura.
Enfeites no pescoço e couro no pé.
Pele macia como lençol de algodão.
É moça menina na ciranda de som.
É melodia dos pássaros.
E quente como o sertão.
Intensa como a caieira.
E forte como o trovão.
Trovão que assim como Maricota, divide o céu e a terra!!!
Um chão rasgado para dançá!
Laços e fitas sempre a voá!
Uma paixão usada que pode enjoá.
Maricota quer um Nêgo pra gostá!
Com gingado no pé e inocência na alma.
Um cangote pra cherá.
Um olhar que batuque o seu coração.
Alguns cachos pra enrolá.
E uma barba pra enroscá.
Ah, e tem que ser carregado no tempero!!!
Tem que ter o gosto da terra e a cor do pecado.
Essa Maricota só pensa em namorá.
Só sonha em beijá nessa geografia solitária de pedras quentes.
Quer um parceiro pra seguir nessa vereda de flores mutantes.
Quer poesia a toda hora.
Lágrimas de alegria: água pura todo dia, pra lavá a secura do seu coração.
Não é pra menos.
Nesse lugar de mente só e corpo fraco.
A saída é ter alguém pra bater um papo.
Um ouvido pra ouvir sua tristezas
Um alguém que faça tranças e caretas.
E deite na rede, pra contá estrelas e ver o sol nascer.
Nesse mundo de solidão, a Maricota só quer o ganha pão.
O alimento que dá forças pra viver.
A energia pra superar a dor.
A Maricota só quer saber o que é amor.]
Cabelos lambuzados com o mais doce mel.
Saia de chita e flor de crochê.
Olhos de amora madura.
Enfeites no pescoço e couro no pé.
Pele macia como lençol de algodão.
É moça menina na ciranda de som.
É melodia dos pássaros.
E quente como o sertão.
Intensa como a caieira.
E forte como o trovão.
Trovão que assim como Maricota, divide o céu e a terra!!!
Um chão rasgado para dançá!
Laços e fitas sempre a voá!
Uma paixão usada que pode enjoá.
Maricota quer um Nêgo pra gostá!
Com gingado no pé e inocência na alma.
Um cangote pra cherá.
Um olhar que batuque o seu coração.
Alguns cachos pra enrolá.
E uma barba pra enroscá.
Ah, e tem que ser carregado no tempero!!!
Tem que ter o gosto da terra e a cor do pecado.
Essa Maricota só pensa em namorá.
Só sonha em beijá nessa geografia solitária de pedras quentes.
Quer um parceiro pra seguir nessa vereda de flores mutantes.
Quer poesia a toda hora.
Lágrimas de alegria: água pura todo dia, pra lavá a secura do seu coração.
Não é pra menos.
Nesse lugar de mente só e corpo fraco.
A saída é ter alguém pra bater um papo.
Um ouvido pra ouvir sua tristezas
Um alguém que faça tranças e caretas.
E deite na rede, pra contá estrelas e ver o sol nascer.
Nesse mundo de solidão, a Maricota só quer o ganha pão.
O alimento que dá forças pra viver.
A energia pra superar a dor.
A Maricota só quer saber o que é amor.]
terça-feira, 24 de julho de 2007
Dorme bem, meu bem!
[Ele dormia em declaração.
Tinha as mãos levemente levadas ao queixo.
O dedo indicador apontava para os olhos cerrados em sono profundo.
A boca entreaberta como que fotografada no intervalo entre um sim e um não.
Ele dormiu em prece.
No céu da boca guardou meus gostos.
Na pele armazenou meu cheiro.
E tatuou com dor minhas palavras no próprio coração.
Deitado de lado, sereno e completo, adormeceu em ato de amor.
Sua expressão era de gratidão, como se minha presença fosse territorial.
O sorriso discreto era a confirmação da saudade sanada pela fragrância anis.
"Ai, meu bem, como dormir é só!
Quanta solidão vazia e inconsciente nesse teu descansar."
O peito respirava paz.
Como se ele soubesse, mesmo diante daquela escuridão, que eu tinha ido em busca do que me pertencia.
Tive vontade de cobri-lo com meu corpo e com minhas lágrimas. Mas era sábado a noite. Eu não podia chorar. E ele não podia falar.
Na falta do que dizer, adormeceu.
Ele se deitou mansinho, para não acordar os próprios medos.
Driblou a alma que pedia socorro, fechando os olhos e entregando ao mundo o meu amor.
Senti-me desamparada.
Calcei os sapatos e caminhei até a porta.
Traguei o último rastro de amor que restava no ar.
Intoxiquei meu orgulho.
Soube naquele momento de despedida vã que eu passaria a ser somente mais uma lembrança embaçada, uma declaração antiga, o gosto sutil de um sonho bom.
Queria fugir, mas o labirinto da vida me enforcou.
Não havia mais pés para correr, eles foram exterminados junto com o bom senso.
Não havia mais como abrandar o coração, ele sangrava junto com a paciência.
O sexo foi corrompido junto com o juízo.
Não havia mais saída.
Era preciso refugiar-se dentro de si, trancar-se através do sono profundo.
Dormir por alguns séculos.
O suficiente para quem tem a angústia em cada esquina, a fome no estômago, a mudez na palavra. O bastante para o amor perdoar o egoísmo]
Tinha as mãos levemente levadas ao queixo.
O dedo indicador apontava para os olhos cerrados em sono profundo.
A boca entreaberta como que fotografada no intervalo entre um sim e um não.
Ele dormiu em prece.
No céu da boca guardou meus gostos.
Na pele armazenou meu cheiro.
E tatuou com dor minhas palavras no próprio coração.
Deitado de lado, sereno e completo, adormeceu em ato de amor.
Sua expressão era de gratidão, como se minha presença fosse territorial.
O sorriso discreto era a confirmação da saudade sanada pela fragrância anis.
"Ai, meu bem, como dormir é só!
Quanta solidão vazia e inconsciente nesse teu descansar."
O peito respirava paz.
Como se ele soubesse, mesmo diante daquela escuridão, que eu tinha ido em busca do que me pertencia.
Tive vontade de cobri-lo com meu corpo e com minhas lágrimas. Mas era sábado a noite. Eu não podia chorar. E ele não podia falar.
Na falta do que dizer, adormeceu.
Ele se deitou mansinho, para não acordar os próprios medos.
Driblou a alma que pedia socorro, fechando os olhos e entregando ao mundo o meu amor.
Senti-me desamparada.
Calcei os sapatos e caminhei até a porta.
Traguei o último rastro de amor que restava no ar.
Intoxiquei meu orgulho.
Soube naquele momento de despedida vã que eu passaria a ser somente mais uma lembrança embaçada, uma declaração antiga, o gosto sutil de um sonho bom.
Queria fugir, mas o labirinto da vida me enforcou.
Não havia mais pés para correr, eles foram exterminados junto com o bom senso.
Não havia mais como abrandar o coração, ele sangrava junto com a paciência.
O sexo foi corrompido junto com o juízo.
Não havia mais saída.
Era preciso refugiar-se dentro de si, trancar-se através do sono profundo.
Dormir por alguns séculos.
O suficiente para quem tem a angústia em cada esquina, a fome no estômago, a mudez na palavra. O bastante para o amor perdoar o egoísmo]
segunda-feira, 23 de julho de 2007
Boca Sórdida
[e o problema todo reside em segurar a boca;
amordaçar o beijo que me escapa,
conter as palavras que regurgitam dor,
unir os lábios rachados para que nao acusem o delito.
Existir assim, tão nua e transparente, afeta minha paz e minha conduta.
Redizer aquelas falas densas no teu ouvido enfatiza a minha fraqueza inumana.
A boca morre anestesiada e muda pela frase envenenada que condena.
E eu morro a cada passo que te convenço e silencio.]
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